“Bebé Mamã” é o título de um pequeno livro (43 páginas) editado pelo Serviço Extra-Escolar da Província de Moçambique “Para a Melhoria Educativa e Social das Populações Moçambicanas”. Não tem data de edição mas trata-se de um “Trabalho executado nas oficinas gráficas da Empresa Moderna, Lda.”, sediada em Lourenço Marques. O texto é de Deolinda Martins e as fotografias e arranjo gráfico são de A. d’Alpoim Guedes.
No livro, a autora propõe-se “ensinar” a mulher e mãe moçambicana a “tomar conta” do bebé – desde a alimentação à vacinação – para que o filho possa “vir a ser uma pessoa saudável e feliz”. Escreve Deolinda Martins, no final da Introdução: - “Deus queira que ele (o livro) a ajude a ser uma mãe boa e sabedora, ensinando-lhe e explicando-lhe coisas e dando-lhe coragem para as fazer”.
Adoptando os conceitos actuais, o livro seria classificado como material de Educação para Saúde – no âmbito, talvez, da Saúde Materna. Apesar da linguagem “maternalista”, “Bebé Mamã”, ainda hoje seria útil se a rede de unidades de prestação de cuidados de saúde tivesse subsistido após a independência. Transcrevemos da página dedicada à vacinação:
“Os bebés devem ser vacinados durante os primeiros seis meses.
Nas Delegacias de Saúde das Cidades e nos Dispensários, fazem-se todas vacinas durante certos dias do mês. Se mora numa cidade ou perto de uma cidade, informe-se na Delegacia ou no Posto Sanitário mais próximo dos dias em que as vacinas são feitas, para lá levar o bebé.
No mato, a vacina contra a varíola é feita em qualquer dia que lhe convenha.
Para as outras vacinas, informe-se no Posto Sanitário da data em que será feita a próxima campanha”.
Passaram-se quarenta anos…
No livro, a autora propõe-se “ensinar” a mulher e mãe moçambicana a “tomar conta” do bebé – desde a alimentação à vacinação – para que o filho possa “vir a ser uma pessoa saudável e feliz”. Escreve Deolinda Martins, no final da Introdução: - “Deus queira que ele (o livro) a ajude a ser uma mãe boa e sabedora, ensinando-lhe e explicando-lhe coisas e dando-lhe coragem para as fazer”.
Adoptando os conceitos actuais, o livro seria classificado como material de Educação para Saúde – no âmbito, talvez, da Saúde Materna. Apesar da linguagem “maternalista”, “Bebé Mamã”, ainda hoje seria útil se a rede de unidades de prestação de cuidados de saúde tivesse subsistido após a independência. Transcrevemos da página dedicada à vacinação:
“Os bebés devem ser vacinados durante os primeiros seis meses.
Nas Delegacias de Saúde das Cidades e nos Dispensários, fazem-se todas vacinas durante certos dias do mês. Se mora numa cidade ou perto de uma cidade, informe-se na Delegacia ou no Posto Sanitário mais próximo dos dias em que as vacinas são feitas, para lá levar o bebé.
No mato, a vacina contra a varíola é feita em qualquer dia que lhe convenha.
Para as outras vacinas, informe-se no Posto Sanitário da data em que será feita a próxima campanha”.
Passaram-se quarenta anos…
2 comentários:
Olá Duarte
Curioso esse livro que penso tenha sido editado antes da independência pois essa gráfica de L. Marques julgo já não existir nos dias de hoje. Estive este fim de semana com o meu irmão analisando a "sua# fotografia antiga.Diz ele que é muito antiga mesmo, do princípio do sec. passado e que lhe parece ser uma missão protestante mas não na Zambézia, talvez Rodésia por aí.
O meu irmão vai editar um livro que se chama "Monte Iero". É uma história de ficção que vale a pena ler. Um abraço Graça
Olá!
Graça,
Havemos de desvendar o segredo da velha fotografia…
Entretanto, não se esqueça de divulgar a publicação do “Monte Lero”, o livro do seu irmão – que, pelo que sei, é (também) profissional de saúde mas na área da Pediatria…
Um abraço.
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