2009-05-23

Um dia de convívio


Regressei a casa há cerca de vinte minutos. Depois de corresponder às chamadas telefónicas que me fizeram durante a minha ausência, servi-me de um whisky (espero que a minha Médica não leia este “post”), a que adicionei um pouco de água, (excepcionalmente) coloquei três cds com música dos Anos 60 na gaveta do leitor e sentei-me ao computador.

Durante o dia estive com os colegas com quem prestei serviço militar em Moçambique. Apesar de não estar bem de saúde, atrevi-me a sair de casa e perto do meio dia estava na Quinta dos Loridos onde, a pouco e pouco, todos nos reencontrámos. Cerca de 40 anos mais velhos, desde que em Moçambique, entre o Niassa e a Zambézia, partilhámos a desventura de participarmos numa guerra que não queriamos.

Dalí, numa longa fila de automóveis – provavelmente para não nos esquecermos da “Coluna em Marcha” -, seguimos para a Quinta do Castro, em Pragança, onde decorreu o almoço.

Para mim, o almoço foi só um pretexto para convivermos. E as conversas, nas diferentes mesas, foram animadas. Até que uma jovem decidiu – conforme o programa previa - assegurar a animação. A jovem talvez até cante bem, mas o som (e serei benevolente nesta apreciação) estava péssimo. O que chegava às mesas era apenas ruído. Eu ainda pedi para que calassem a jovem (a menos culpada, decerto), mas em vão. Resultado: aturdidos pelo ruído (a Musak precisa de ser objecto de regulamentação), e sem a menor hipótese de continuarmos a conversar, começámos a abandonar o local.

Despedi-me de alguns colegas e familiares e regressei a casa. Já reparei que nem a minha máquina fotográfica funcionou – por inépcia minha, admito-o. Poucas fotografias estão em condições de ser publicadas. Talvez para o ano, seja melhor. Neste momemto, chove e eu oiço “Apache”, dos Shadows….
................
Ilustração: Fotografia por Duarte d’Oliveira (09/05/23).

Sem comentários: