Pelas 18.30 horas de sexta-feira (08/09/20), em Lisboa, no Auditório da FLAD, Fundação Luso-Americana, Alberto Lacerda será objecto de uma homenagem. Quando se passam 80 anos sobre a data do seu nascimento, na Ilha de Moçambique, o seu amigo Eugénio Lisboa e Luis Amorim de Sousa comentarão a obra do autor de “Exílio” – um poeta que faleceu no ano passado (07/08/26), em Londres.
O actor João Grosso lerá alguns dos seus poemas. Talvez, também, “Lourenço Marques revisited (11 de Fevereiro de 1963)”:
A água que murmura espectros lentos
O que houve e não houve e não volta nunca mais
Os quartos sem esperança que os guardasse
As casas sem anjo da guarda
A luz intensa bela e dolorosa
A adolescência dilacerada
A ternura dezoito anos recusada
Na casa dos Átridas
O crime horroroso que não houve
Mas as feridas abriram manaram um sangue
Que penetra implacável as fendas do sono
E me deixa acordado à beira da estrada
Com lágrimas que percorrem
Trinta e quatro anos.
………………………………..
Ilustração: Retrato por Arpad Szenes (1971), recolhido em Da Literatura .
O actor João Grosso lerá alguns dos seus poemas. Talvez, também, “Lourenço Marques revisited (11 de Fevereiro de 1963)”:
A água que murmura espectros lentos
O que houve e não houve e não volta nunca mais
Os quartos sem esperança que os guardasse
As casas sem anjo da guarda
A luz intensa bela e dolorosa
A adolescência dilacerada
A ternura dezoito anos recusada
Na casa dos Átridas
O crime horroroso que não houve
Mas as feridas abriram manaram um sangue
Que penetra implacável as fendas do sono
E me deixa acordado à beira da estrada
Com lágrimas que percorrem
Trinta e quatro anos.
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Ilustração: Retrato por Arpad Szenes (1971), recolhido em Da Literatura .
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